Desde 1989, a equipe do NUPAUB (Núcleo de Apoio à pesquisa de populações humanas e áreas úmidas) da Universidade de São Paulo, desenvolve trabalhos de pesquisas sobre a situação das comunidades tradicionais, moradoras das unidades de conservação de proteção integral. Algumas comunidades, como as caiçaras do litoral sudeste brasileiro estavam (e ainda se encontram nessa mesma situação), sofrendo o impacto da criação dessas áreas protegidas sobre seu modo de vida. Naquele momento, a única categoria que possibilitava a permanência dessas comunidades e o respeito ao seu modo de vida tradicional era a Reserva Extrativista, conseguida com a luta dos seringueiros da Amazônia. Nesse sentido, o Nupaub iniciou o contato em 1992, com a comunidade do Mandira, no município de Cananéia, litoral sul do estado de São Paulo para encontrar caminhos de melhoria no seu modo de vida, mantendo os recursos naturais de que dependiam para sua sobrevivência, e em particular da extração da ostra de mangue e do pescado. Durante dois anos a equipe trabalhou sobretudo no apoio à organização da comunidade, resultando na constituição de uma associação dos moradores e na ideia da proposta de uma reserva extrativista.
O centro interdisciplinar NUPAUB, ligado à Pró-Reitoria de Pesquisa da Universidade de São Paulo, foi criado em 1988 (inicialmente um Programa de Pesquisa) para estudar as relações entre populações humanas e áreas periodicamente inundáveis do Brasil. Estes ecossistemas, de alta produtividade natural e frequentemente utilizados por populações humanas de grande diversidade cultural, sofrem hoje um rápido e intenso processo de degradação com impactos negativos sobre a diversidade biológico cultural. O Núcleo de Apoio à Pesquisa sobre Populações Humanas em Áreas Úmidas Brasileiras tem como objeto: - Desenvolver e divulgar projetos de pesquisas interdisciplinares que visam estudar e conservar a diversidade biológica e cultural nos ecossistemas de áreas úmidas brasileiras; - Estabelecer e manter um centro de documentação e um sistema de informação em nível nacional; - Promover cursos, encontros e conferências; - Manter intercâmbio com entidades nacionais e internacionais; - Dar subsídio técnico e científico aos movimentos sociais na busca de melhorias das condições de vida de comunidades locais. E as áreas de prioridade de pesquisa são: 1) Diversidade biológica e cultural em áreas inundáveis costeiras e continentais; 2) Produção e reprodução de comunidades humanas tradicionais; 3) Conflitos entre comunidades humanas e Áreas Naturais Protegidas; 4) Estratégias para uso sustentável de recursos naturais.
DE PAI PARA FILHO, O FUTURO ESTÁ NAS MÃOS DOS JOVENS DEFENSORES DA TERRA
Os protagonistas das imagens do jovem fotógrafo canadense Joey L., são os representantes de uma nova geração de #EarthDefenders: heróis modernos da terra que, graças aos ensinamentos dos pais, defendem a biodiversidade e atuam como promotores de um desenvolvimento sustentável.
DIA MUNDIAL DAS ÁREAS ÚMIDAS
Em 1997, o dia 2 de fevereiro foi instituído pelo Comitê Permanente da Convenção de Ramsar como Dia Mundial das Áreas Úmidas (World Wetlands Day). A data foi definida em homenagem ao dia da adoção da Convenção: 2 de fevereiro de 1971, na cidade iraniana de Ramsar. A finalidade do Dia Mundial das Áreas Úmidas é estimular a realização, por governos, organizações da sociedade civil e grupos de cidadãos, de ações e atividades que chamem a atenção da sociedade para a importância das áreas úmidas, para a necessidade de sua proteção e para os benefícios que o cumprimento dos objetivos da Convenção pode proporcionar. O aumento do número de cidades faz com que a demanda por terras afete as áreas úmidas que são degradadas e transformadas em áreas construídas. Fontes: Canal Canoa Caiçara/ Ministério do Meio Ambiente Fotos/ Vídeo: Joey L./ Calendário Lavazza 2016
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Agosto 2018
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